sábado, 9 de agosto de 2008


Uma voz soa dentro do meu âmago
O amor grita, se expele, transborda
Nesse instante atinjo a paz
Os sentidos sentem a si mesmos
Evoco sentimentos
A razão se perde
Guio-me pelo que?
É tão indescritivel o que sinto
Como de olhos vendados caminho tentando sentir,
agarrar algo de sólido
Mas é tudo tão vago, tão fugaz e fantasioso
O que é real? Até que ponto ele existe?
Delírios se misturam a visões que nem eu mesma as sinto
Acordada? Não sei se estou
Um sonho, uma ilusão, quem sabe?
Me vejo em antítese entre o eterno e o efêmero
Talvez tudo não seja senão um surto
Mas de quê?
Lucidez?
Loucura?
O que sou enquanto indago sobre tais questões?
Já não sinto o corpo, o físico
Existo enquanto penso?
Transcendo enquanto sou?


*Anike Lamoso

2 comentários:

Thiago Dias disse...

Parabéns, caloura. rs. eis a que mais gostei... rs. será que sugere muita influência das reflexões existências do Fernanado Pessoa? rs. boas influencias. bom Antídoto.

Élder Vieira disse...

olá, muito legal seu blog, seus poemas tb são muito bons, ainda mais que refletem o seu lado psicológico/pessoal.

este é o que a ouví declamar, ele me apresenta como um poema pós-extase. como uma dúvida que se apreseta depois do prazer. mas de forma bonita e profunda.

é muito bela a tua bela a tua alma humana.
cultive-a sempre por bons caminhos...