sexta-feira, 8 de agosto de 2008


Começou de novo.
Rabiscos, palavras perdidas..
A busca incessante pela inspiração é tão torpe.
Tentamos buscar algo de real em meio a pensamentos soltos, vazios.
Agarrar algo de sólido que logo se perde.
Não há o que ser forçado.
As palavras nos escolhem.
Somos instrumentos descartáveis usados pelas idéias.
Ficamos grávidos delas e depois que a abortamos, nos tornamos inférteis.
Tudo se desintegra.
E nós,

inconformados, deixados ao acaso
viciados nessa lúxuria
lutamos contra a abstinencia buscando um casamento perfeito das palavras
Que tolos são os poetas
Não percebem o quão inúteis são.



*Anike Lamoso


Um comentário:

Ellen Joyce disse...

Sabes q sei bem sobre estes versos? Coisas de pseudo poetas inúteis... Pois bem, parabéns pelo teu blog! Enveredar-se pelas palavras é sempre um bom antídoto! Abraços